quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Como um acalanto ressurges na hora certa,
A esperança transita entre nossos olhares, são como pontes,
me direcionam, para um mundo melhor,
Não é o mundo do faz de conta, pois nele o irreal é real no sentido literal de nosso entender
Não sinta ausencia, de quem nunca se afasta,
Transite em minha presença, nas horas do nada,
estou na esperança,no brilho do sol, no frescor da chuva
Estou na cachoeira, no vento, no penteado desfeito, no remanso de um rio,
nos misterios que circulam em seu leito
Estou em cada sorriso que desponta em seus lábios,
estou naquela musica que surge apressada, em sua mente, no meio da madrugada,
estou no olhar daquele amigo, calado, que esta ao teu lado.
Viu, amor? Estamos sempre unidos, ligados, inseparáveis, pense em mim, olhe:estou sempre ao seu lado.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O CASUAL AZUL


me recordo ainda na infância, as costas largas de eu pai, as gotas pesadas de chuva encharcando seus passos largos... era o adeus.
minha mãe perdida em meio a suas lembranças se agarrava a camisa desbotada, molhada de toda a crueza.
eu jurei que não faria poemas de amor. eu prometi que eu não me deixaria enganar por esses sentimentos.
mas em algum lugar de meu obscuro coração, acreditei nas promessas daquele dia infinito e azul.
voce devia ser a minha unica excessao.
quão amargo foi perceber que essa chuva de realidade que cae, e anteportal, e os erros de estações passadas ainda nublam esses dias azuis.
e agora, eu me apego a esse limite de felicidade que me proporcionou, me oferecem uma confortável segurança,numa estradas sem palavras, sem promessas,só a incerteza de meus pes vacilantes rumo ao nada. e o que restou foi uma canção..
mas você não me entende ,e acabo me perdendo nessas malditas recordações. e elas me seguiram, por toda vida... elas me seguiram.
não me lembro de muita coisa a respeito de meu pai, apenas os passos apressados e as palavras ásperas jogadas ao vento e as agua cadente do céu.
e eu.. repito seu erro, eu acreditei.
Em suas palavras e agora a camisa desbotada se encharca de suposições.
me sinto confortável. em toda essa dor. eu me sinto confortavelmente familiar, se tem que ir, que vá.meu coração deixe por favor, vou copiosamente repetir o ritual de minha infância.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

TENHO MEDO E ASCO DE TODA MIUDEZA...


eu tenho medo de toda miudeza...
miudeza não de altura, poder, status ou simplicidade. tenho medo da miudeza de carater, essa necessidade insana de se prostar diante de sua dor, cutucando suas feridas , lambendo o sangue que mareja fininho, fininho sobre a casca de ferida ainda nova, ainda cicatrizando.
tenho medo da miudeza de sonhos, quem não sonha vive na certeza que a vida não tem nada a oferecer,vive de migalhas e nunca de um futuro banquete.
Se debreuça e senta sobre as propias fezes e ali faz teu ninho: fedido, rançoso, apenas de restos que a propia via excretou, porque no organismo vital , nada que é expelido deve ser reaproveitado, mas quem sofre dessa miudeza de sonhos... só consegue viver dessas pequwenas infelicidades.
O ano acaba, e em meio as luzes, promessas, e presentes, abandono minhas caducas magoas, dores antigas que carreguei como um filho por meses a fio, mas ao inves de pari-lo por pra fora, o trnaquei dentro de mim, e essa magoa querendo sair se alimentou de minhas entranhas e forças.
parta para fora de mim!!
estais livre filho de minhas estranhas dores. tenho medo de toda miudeza existencial que me priva, de olhar para frente e deixar para tras.
agora me levanto firme e ereto, de pau duro e cosciência limpa.
do céus nao espero nada, porque a unica coisa que cae do céu alem de chuva. é merda de pombo.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

MEU PRIMEIRO CIGARRINHO DA PAZ...


ontem puxei meu primeiro cigarro. 24 anos e nunca havia posto um misero cigarro na boca, e ontem cheguei a conclusão que estava no caminho certo.
e mantenho minha tese que miguem começa a fumar por gosto, e sim pra parecer cult,diferenciar-se do grupo, se encaixar na turma descolada, o fato mais o ironico disso é que todo mundo tenta se diferenciar dos outros fazendo a mesma coisa! e como beber socialmente, está mais ligado a ¨puxar saco socialmente¨ dou minha cara a tapa pra quem tomou um gole de cerveja pela primeira vez e gostou. não sirvo pra ser viciado ou alcolatra, tenho preguiça demais, deve dar um trabalho desgraçado começar a gostar de beber ou fumar.
eu e meu amigo WIGO ( fornecedor do cigarrinho) demos umas tragadas, imaginado que deveria ser o modo do bagulho chegar logo na cachola, puxei ,inalei e nada, ¨deve ser da ruim¨deduziu meu amigo tão inesperiente quanto eu. fumamos a carteira inteira. e nada. então desistimos. ficar doidão fumando era complicado e deixava um gosto de merda na boca, deve ser por isso que todo fumante ama café.
dizem que tem uns cigarros a base de menta, chocolate com um gosto melhor, mas sinceramente, um bala de hortela é mais barata e menos complicada. manter vicio social é foda!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O PREÇO DA MEDIOCRIDADE

Esse é o mal de cidade pequenas como a minha, elas são maravilhosas! você facilmente faz amigos, consegue um emprego regular e tem diversão ao alcance das mãos.você se habitua-se fácil a uma rotina calma, agradável de pequenos labore, mas Tb de pequenas satisfações.
A mediocridade é contagiante! Você acostuma-se com a mesma merda diariamente e quando pensa que não, o que era exceção vira regra. O preço da mediocridade é uma vida cheia, completa, de pequenas realizações. Uma rodada de chopp com os amigos, um bom filme no cinema, uma balada das boas, bem na minha idade a mediocridade é simplesmente isso; um monte de meias vontades, meias realizações e nunca um completo banquete.
o estranho é que o tempo, não muito solidário, sempre revela o preço da mediocridade: uma vida cheia de lacunas e pontos de interrogação, espaços abertos, vazios, respostas que você se perguntara na juventude, mas com o passa do tempo simplesmente deixou de questionar-se afinal, havia pequenos milagres que supriam a real ausência.
hoje sentado na praça vejo, um grupo de jovens, 20, 23 no Maximo, bebendo cerveja, tocando violões, fumando cigarros, apontando dedos em riste, segundo eles se erguendo contra o sistema. Qual sistema? O educacional, que prepara as pessoas para uma vida de não meias realizações? Ou sistema judiciário que permite que os mesmos bebam, fumem e façam o que quiserem de suas medianas vidas?.
Mas no fim... Quarto a noite cae você se deita na cama que mesmo fez, é impossível não lacrimejar os olhos, e lembrar-se dos sonhos, impossível a inveja não ruir seu sono quando se recorda do amigo que acabara de se tornar doutor, ou simplesmente se casou e tem um esplêndida profissão.
e o mais frustrante que no fundo não é uma inveja destruidora, é apenas a sensação latente de fracasso que amarga nos lábios. e por ser vergonhoso demais externar com palavras sem atestar suas mediocridade você a expulsa pelos olhos, em lagrimas emudecidas no silencio escuro do solitário quarto.
e ali, onde ninguém ve e julga, que o preço da mediocridade é cobrado.
pobres jovens, mal sabem que o único sistema que deveriam realmente combater, é da concepção fútil e frívola de seus próprios ideais narcisistas de liberdade e prazer.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

SEUS OLHOS ME DIZEM MEDO


Quanto medo de ser belo a sua maneira... Medo. Vejo olhos marejados na raça esta tarde. Fim de ano é sempre época de despedidas, reencontros. Vejo muito medo, e isso me assusta.
O que pode nascer de um sentimento tão mesquinho quanto o medo? Receio de segurar e deixar cair, de amar e não ser amado, de jogar e perder.
Hesitação. E tudo que não se precisa nesses dias nublados, cobertos da poeira do torpor, ensimesmados no medo infame do errar, do equivocar-se.
Tenho escutado tantos olhos me falando bobagens sobre medo. Esse mesmo medo que tem feito dos fortes, confusos e de céticos vãos questionadores.
Evolução pessoal só é possível quando se vence as perspectivas que criamos diariamente ao nos olharmos no espelho. Espelho esse que reflete medo. E a mesma palavra ecoa muda quase inaudível pela praça essa tarde, e continuo a observar com uma ponta de duvida todo esse temor enraizado no coração de todos.
Estão feridos por suas próprias expectativas, não conseguem aceitar-se, é perfeição demais!
Quantas perfeições todos na praça almejam essa manhã! Os pombos se pousam sobre o marco zero da cidade, e nesse começo de dia nublado não há migalha de pão ou discursos acalorado de nenhum pregador religioso. Só existe o medo. Perca partida, receio, dispersão, magoa liberdade. Medo. Só vislumbro o medo.
Essas manhãs não se viram beijos apaixonados, discursos escatológicos, ou lamento de mães. Essa manhã, neste dias excessivamente nítido vi um sentimento cancerosos consumindo os homens.
Pela primeira vez desde que aqui cheguei eu senti. Era medo.

terça-feira, 7 de julho de 2009

percalços amorosos S/A



Amando a pessoa certa de se amar... como é fácil encontrar essa entidade! nós meros mortais acreditando no conto ¨cinderelesco¨ vislumbramos esse ser sempre no futuro... um ser que chegará trazendo consigo as respostas as duvidas, satisfazer nossos desejos, ser a cura do mal, a bênção mandada dos céus... bem, raios, quem é a pessoa certa e se é fácil de encontrar porque a gente não crava as unhas e não solta mais?!
simples: temos tanto medo de amar a pessoa certa!.
a pessoa certa costuma ser um bom amigo, aquele primo cabeça sempre dando bons conselhos, o colega amalucado que te faz rir até sentir vertigem, enfim a pessoa certa, é certa demais! você a ama tanto que tem medo de perder o que se tem, pelo que arriscado amanhã.
Vi em um desenho animado numa destas sessões de sabado uma citação pra lá de espirituosa de um animado pica-pau ¨ porque se preocupar com amanhã se ele só acaba depois de amanhã? ¨ realmente acho que deveríamos perder um tiquinho mais de tempo com nossas crianças nos sábados...
O ser humano por natureza teme a perca, porque já nascemos perdendo! ainda dentro do útero quentinho, sentimos o medo eminente da perca ao sermos lançados ao mundo externo, fora de nosso casulo isolado, de qualquer influencia ou acção nos ser tirado...apartir daquele momento o medo da perca nos assola,
e olha que falei desse assuto no ultimo post, mas parece que ele ainda não acabou, persiste na minha cabeça tirando minhas tardes de conclusões alcolicas no banco da praça. Mas a pergunta é: pode-se ganhar sem perder? pode mudar o mundo sem mudar o eu primeiro? pode-se amar sem arriscar?!
Estamos suscetiveis a perca, e na pior da hipóteses perder a vida, perdemos tudo inclusive a calma e a paciência, cansados de esperar pelo futuro, aceitamos o presente e acabamos preso numa tediosa vida que nunca almejamos de fato.
Não temos tanto tempo a perder assim minha gente! vamos viver sem medo de amar as possibilidades por mais estranhas que possam parecer, vamos arriscar e amar de peito aberto.
foi um pica-pau que disse isso....