quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

O PREÇO DA MEDIOCRIDADE

Esse é o mal de cidade pequenas como a minha, elas são maravilhosas! você facilmente faz amigos, consegue um emprego regular e tem diversão ao alcance das mãos.você se habitua-se fácil a uma rotina calma, agradável de pequenos labore, mas Tb de pequenas satisfações.
A mediocridade é contagiante! Você acostuma-se com a mesma merda diariamente e quando pensa que não, o que era exceção vira regra. O preço da mediocridade é uma vida cheia, completa, de pequenas realizações. Uma rodada de chopp com os amigos, um bom filme no cinema, uma balada das boas, bem na minha idade a mediocridade é simplesmente isso; um monte de meias vontades, meias realizações e nunca um completo banquete.
o estranho é que o tempo, não muito solidário, sempre revela o preço da mediocridade: uma vida cheia de lacunas e pontos de interrogação, espaços abertos, vazios, respostas que você se perguntara na juventude, mas com o passa do tempo simplesmente deixou de questionar-se afinal, havia pequenos milagres que supriam a real ausência.
hoje sentado na praça vejo, um grupo de jovens, 20, 23 no Maximo, bebendo cerveja, tocando violões, fumando cigarros, apontando dedos em riste, segundo eles se erguendo contra o sistema. Qual sistema? O educacional, que prepara as pessoas para uma vida de não meias realizações? Ou sistema judiciário que permite que os mesmos bebam, fumem e façam o que quiserem de suas medianas vidas?.
Mas no fim... Quarto a noite cae você se deita na cama que mesmo fez, é impossível não lacrimejar os olhos, e lembrar-se dos sonhos, impossível a inveja não ruir seu sono quando se recorda do amigo que acabara de se tornar doutor, ou simplesmente se casou e tem um esplêndida profissão.
e o mais frustrante que no fundo não é uma inveja destruidora, é apenas a sensação latente de fracasso que amarga nos lábios. e por ser vergonhoso demais externar com palavras sem atestar suas mediocridade você a expulsa pelos olhos, em lagrimas emudecidas no silencio escuro do solitário quarto.
e ali, onde ninguém ve e julga, que o preço da mediocridade é cobrado.
pobres jovens, mal sabem que o único sistema que deveriam realmente combater, é da concepção fútil e frívola de seus próprios ideais narcisistas de liberdade e prazer.

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